quarta-feira, dezembro 14, 2005

Roy Rogers

Roy Rogers, de seu verdadeiro nome Leonard Franklin Slye, nasceu no Ohio em 1911 e veio a falecer em 1998, tendo-se tornado famoso por ter representado em mais de cem filmes, aos quais em Portugal se convencionou chamar filmes de cowboys, os westerns, para além de ter mantido um programa de rádio durante mais de 9 anos e de ter conseguido passar para a televisão em 1951, numa participação que se estendeu até 1964. Essa fama participou-a com a sua segunda mulher, Dale Evans, ganhando também destaque o seu cavalo, Trigger.

Roy Rogers rapidamente se tornou um ídolo para os rapazes, sobretudo na década de 50, e uma boa parte dos seus filmes de série B, a cores, numa altura em que a maior parte deste tipo de produções ainda era a preto e branco, contribuiu em grande parte para aumentar a sua popularidade.

Como é natural e aconteceu por diversas vezes na história dos média norte-americanos, depressa surgiram os comics com a sua personagem, quer como tiras diárias para os jornais, quer sob a forma de revistas, os comic-books, que chegaram a vender mais de 25 milhões de cópias por ano.

Tom Mckimson (1907-1998), que assinava frequentemente como Al McKimson, foi um dos desenhadores que trabalharam nesta série, por vezes com a colaboração com o seu irmão Charles McKimson. Mais conhecido pelo seu trabalho como animador nos estúdios da Warner Bros, embora tenha também trabalhado nos estúdios da Disney, dedicou-se às tiras diárias deste personagem entre 1949 e 1953, tendo posteriormente assumido o cargo de director da Western Publishing. Pelos comics passaram diversos desenhadores, entre os quais John Buscema, em início de carreira.

A sua popularidade em Portugal deveu-se grandemente às revistas brasileiras que aqui se vendiam nos anos 60 e 70.

A tira aqui apresentada está datada de 8 de Agosto de 1950 e, embora não apresente assinatura que identifique o seu autor, terá sido provavelmente da autoria de Al Mckimson. As suas dimensões são de 55,9 por 17,8 cm para o papel e de 51,8 por 15,2 cm para a mancha, aproximadamente.




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sexta-feira, dezembro 09, 2005

Giovanni Manca

Giovanni Manca nasceu em Itália em 1889, vindo a falecer no ano de 1984. O seu trajecto como desenhador passou por diversas revistas, tendo estudado Belas-Artes em Turim, mas acabando por abandonar a pintura para se dedicar ao desenho caricatural, colaborando com diversos periódicos.

A sua colaboração estendeu-se ao Corriere dei Piccoli por volta dos anos 30, tendo trabalhado para esta publicação entre 1927 e 1952, utilizando diversos pseudónimos nos seus trabalhos, enter os quais KK, Cam e Victor, criando diversos personagens, entre os quais Pier Cloruro de' Lambicchi (em 1930), Patatrac (em 1940), Macarietto (em 1942), concebendo ainda Il teatrino di Lucky-Lucky para a editora milanesa Ceschina e tendo ilustrado uma versão da história de Pinóquio.

Os seus desenhos apresentam uma grande atenção aos pormenores e retratam situações do quotidiano com uma reforçada dose humorística.

O desenho aqui apresentado está assinado, mas não datado. As suas dimensões são de 35,1 por 23,7 cm para o papel e 31,3 por 15,6 cm para a mancha, aproximadamente.




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quarta-feira, dezembro 07, 2005

Pif, le chien

Foi Jose Cabrero Arnal, nascido em Barcelona em 1909 (e falecido em França em 1982), quem criou o personagem Pif, um cão que se caracterizava pela sua esperteza, bem como o seu companheiro de aventuras, o gato Hercule, que tentava grande parte das vezes pregar partidas a Pif, por vezes com funestas consequências para si mesmo, quando não para ambos.

Cabrero Arnal criou muitas aventuras de quadradinhos, uma das quais, publicada num pequeno álbum em Portugal pelas edições da célebre revista O Mosquito, Guerra no País dos Insectos, é hoje uma raridade bibliográfica para os amantes destas coisas dos quadradinhos. Em 1938, criou as aventuras do cão Top para a revista Pocholo, tendo esta sido a precursora da personagem que mais fama veio a adquirir posteriormente. Tendo combatido na guerra civil de Espanha pelos republicanos, veio depois a refugiar-se em França.

Cabrero ArnalPif le chien surgiu pela primeira vez a 28 de Março de 1945 para o jornal L’Humanité, que era o órgão do Partido Comunista Francês, aparecendo nas páginas na revista Vaillant a partir de 14 de Dezembro de 1952, a cores, depois de aí terem igualmente feito a sua aparição as personagens Placid et Muzo, tendo assumido um enorme protagonismo graças à popularidade que logo granjeou. Mas o volume de trabalho fez com que Arnal entregasse a produção das histórias a diversos desenhadores, cuja lista podemos encontrar aqui.

Em 1969, surge a publicação Pif Gadget, sucedendo a Vaillant, le journal de Pif, intitulando-se originariamente Pif et son gadget surprise. Caracterizava-se por ter como personagem principal o cão Pif, e por trazer pequenas ofertas constituídas por jogos ou outros pequenos objectos, quase sempre para montar, que faziam as delícias dos mais pequenos. Em muitas das suas páginas, tal como nas da revista Vaillant, foram igualmente publicadas as aventuras de Arthur le fantôme, do genial e prolífico criador Cézard, a que oportunamente nos referiremos. A revista ainda hoje se publica, mantendo essas pequenas ofertas aos seus leitores.

Acerca deste conjunto de personagens foi realizado um filme de animação, uma produção francesa datada de 1993, com realização de Bruno Desraisses e Charles de Latour.

A página aqui apresentada foi publicada em Pif Gadget, número 534. Não estando datada nem assinada, tem as seguintes dimensões: 50 por 35,1 cm para o papel e 37,1 por 30,3 cm para a mancha, aproximadamente.




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sexta-feira, dezembro 02, 2005

The Katzenjammer Kids

Rudolph Dirks foi um dos pioneiros na utilização dos balões como modo de apresentar os diálogos nos quadradinhos norte-americanos, e o seu estilo foi também inovador sob diversos aspectos.

Nascido na Alemanha em 1877, Dirks emigrou com a família para os Estados Unidos ainda criança, tendo começado a desenhar desde muito cedo e a vender o seus desenhos para algumas revistas norte-americanas. Entrando para o serviço do New York Journal em 1897, foi para este jornal que criou a série The Katzenjammer Kids, em página dominical, grandemente inspirada em Max und Moritz, de Wilhelm Busch e que se debruçava sobre as diabruras de dois rapazitos, Hans e Fritz, e um número mais ou menos restrito de vítimas, entre as quais a sua própria mãe e o Capitão, que iria estar na origem do novo título da série.

Em 1912, Dirks resolveu regressar à Europa e William Randolph Hearst, porventura o maior proprietário de jornais norte-americanos da época, cuja figura esteve na origem do filme de Orson Welles intitulado Citizen Kane (O mundo a seus pés), decidiu retirar-lhe a série, o que o levou a tribunal, numa disputa legal que terminou com Dirks a ter o direito de continuar a desenhar os personagens, mas sem poder utilizar o título de The Katzenjammer Kids. A série surgiu então em jornais rivais, de Joseph Pulitzer, a partir de 1914, primeiramente sem título, logo depois Hans und Fritz e finalmente, quando os Estados Unidos entraram na I Guerra Mundial e os nomes alemães se tornaram impopulares, The Captain and the Kids, designação que iria manter até ao seu final.

Curiosamente, Hearst não desistiu de publicar a série, que foi entregue ao desenhador Harold Knerr, sendo assim publicadas simultaneamente duas versões diferentes, com os mesmos personagens e os mesmos ambientes, mas com nomes diferentes; enquanto na versão do The New York Journal os personagens habitavam as ilhas Squee-Jee, na versão de Dirks estas davam pelo nome de ilhas Cannibal. Ambas tiveram também tiras diárias, para além das páginas dominicais.

Durante décadas, Dirks encarregou-se de desenhar as pranchas dominicais, com um curto intervalo em inícios dos anos 20, tendo-o substituído Oscar Hitt, e depois, entre 1932 e 1933, foi Bernard Dibble, que desenhava a tira diária, que igualmente se encarregou da página dominical. A seguir ao final da II Guerra Mundial, Rudolph Dirks passou a ser assistido pelo filho, John Dirks, que acabou por ir gradualmente assumindo a responsabilidade de desenhar a série, até tomar conta da sua realização em 1968, após a morte do pai, até ao seu final, em 1979. No entanto, a sua rival Katzenjammer Kids ainda hoje se publica, distribuída pela King Features Syndicate, com desenho de Hy Eisman.

The Captain and the Kids surgiu igualmente em revista, a partir de 1941, no comic-book Sparkler Comics, possuindo título próprio depois de 1947.

Entre 1938 e 1939, foram realizadas várias curtas-metragens de animação pela MGM.

A sua popularidade em Portugal não foi muito grande, sendo mais conhecida pela revista brasileira Os Sobrinhos do Capitão, que circulou no país nos anos 60 e 70. No entanto, foi recentemente (em 2003) publicada pela Gradiva uma edição com estes personagens.

A página aqui apresentada, apresentando o nome de R. Dirks, terá sido provavelmente desenhada pelo filho, John. Datada de 15 de Dezembro de 1963, as suas dimensões são de 59,8 por 42,1 cm para o papel e de 57,2 por 38,7 cm para a mancha, aproximadamente.



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